Dirigente gremista também reclamou da arbitragem, por gol anulado na primeira etapa.
Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPAPor Redação Rádio Grenal | 30 de maio de 2022
O vice de futebol do Grêmio também foi aos microfones após o empate sem gols contra o Vila Nova, em Goiânia. Dênis Abrahão falou sobre o mau momento da equipe, o gol anulado pela arbitragem e os gritos de “Renato, Renato” por parte da torcida no Serra Dourada.
No início da coletiva, o dirigente foi perguntado sobre o que de fato acontecia com o Grêmio, a razão pela qual o time produz tão pouco dentro de campo. E respondeu: “Se eu soubesse a resposta não estaríamos passando por esse momento, trabalhamos para mudar essa situação. O momento é ruim, muito ruim. O resultado é ruim, horroroso. A atuação é muito ruim.”
A principal reclamação de Dênis Abrahão foi em relação ao gol anulado pelo árbitro Douglas Marques das Flores. O vice de futebol gremista considerou o lance como um erro de arbitragem contra a sua equipe: “Não vi o lance na hora, depois tomei o cuidado de falar com o Villasanti, depois ouvi os comentaristas de arbitragem. Todos disseram que não houve absolutamente nada. Isso poderia ter mudado o rumo do jogo.”
Dênis ainda completou: “Não vou usar isso como desculpa da má atuação. A pergunta que não quer calar: Por que mais uma vez um gol do Grêmio é mal anulado? (…) Isso não justifica a atuação. Vamos trabalhar para melhorar, ter resiliência. Reconhecemos que as atuações tem sido muito ruins.”
Ao ser questionado sobre o mau momento e resultados ruins, o dirigente respondeu com algumas perguntas, mas não deixou de opinar sobre a real qualidade do plantel gremista: “Será que esse time não deveria estar produzindo mais? O que está acontecendo? Tem insegurança? Qual o motivo da inseguraça? Por que ocorrem os erros de arbitragem? Por que os meus jogadores erram? Por que entrar cara a cara com o goleiro e jogar a bola pra fora? (…) Não sou nem eu que digo, mas com esse plantel dá pra se jogar muito mais.”
Em determinado momento no Estádio Serra Dourada foi possível ouvir alguns torcedores gremistas gritando o nome de Renato Portaluppi, sugerindo um retorno do treinador ao clube. Dênis foi questionado sobre o assunto, e tratou como parte do momento que vive o clube: “Escutei a torcida berrando “Renato”, alguns proferiram palavras de baixo calão. Faz parte, é o momento que vivemos. O torcedor quer ganhar, eu como vice preciso ter responsabilidade. (…) Hoje, se tivéssemos ganhado, estariam debatendo Roger, Diego Souza, Campaz, mas isso faz parte. Vamos continuar trabalhando, tem muita reunião pra se fazer, tem muito trabalho psicológico pra se fazer.”
O ponto mais polêmico e que mais repercutiu da fala do dirigente foi na resposta sobre as cãibras de Sarará e outros jogadores da equipe: “O Mateus (Sarará) pode ter tido cãibras por inúmeros motivos, inclusive emocional ou sistema nervoso. Esse é o maior campo de futebol do Brasil, claro que isso não é desculpa também né, jogador tem que estar preparado pra tudo e todos, pois não falta nada pra eles né?.” A polêmica foi gerada porque o Serra Dourado era conhecido por ter um dos maiores gramados do Brasil, há alguns anos. Porém, desde 2016 a CBF padronizou o tamanho dos gramados das Séries A e B para o tamanho FIFA utilizado na Copa do Mundo, que é de 105m x 68m.
Sobre Edílson, Dênis se mostrou otimista com o retorno do jogador já na quinta-feira para a partida contra o Vasco da Gama, no Rio de Janeiro: “Tudo leva a crer que Edílson estará a disposição na quinta-feira. No último treino na quinta, ele sentiu uma insegurança e a comissão técnica entendeu que era bom dar mais um tempo pra ele. Trabalhou forte ontem e hoje.”
* Por supervisão de: Marjana Vargas