Confira as situações de Caxias, Juventude e Esportivo
Foto: (Site Oficial Esportivo/Divulgação)Por Redação Rádio Grenal | 27 de maio de 2020
A volta do Campeonato Gaúcho ainda segue com um cenário de projeção. Em reunião com a Federação Gaúcha de Futebol (FGF), todos os 12 clubes aceitaram a proposta para o reinício da competição, atendendo algumas readequações, em virtude da pandemia do novo coronavírus. Conforme o acerto, a volta das partidas está prevista entre metade de julho e início de agosto, condicionada à liberação dos órgãos governamentais e autoridades sanitárias.
Apesar de Grêmio e Inter, a partir do decreto do Governo do RS, já reiniciarem os treinamentos, esta é uma realidade peculiar do que acontece nos demais times gaúchos. A Rádio Grenal apresenta a seguir, a realidade da situação dos clubes à espera do Gauchão, começando pela região da Serra, representada por Caxias, Juventude, Esportivo.
Dupla Ca-Ju
Caxias e Juventude já estabeleceram a previsão de retorno aos treinos. Em reuniões com a Prefeitura, foi definido que os dois times devem voltar às atividades na segunda quinzena do mês de junho.
O time grená, campeão do 1° turno da competição, já tem um protocolo definido para garantir segurança aos atletas. O mesmo ocorre no caso do Juventude. Para isso, a dupla Ca-Ju tem buscado parcerias com empresas da região para terem acessos a mais testes da Covid-19, além da remessa disponibilizada pela FGF, de 50 testes.
Quanto às finanças, o Caxias conseguiu negociar com o Sindicato dos Atletas e flexibilizou os contratos. Mas os impactos nas contas já soma quase R$ 1,5 milhão, conforme revelou o presidente do clube, Paulo Cesar Santos.
O Juventude, por sua vez, fez alguns ajustes, como o adiamento do pagamento dos direitos de imagens do elenco. Mas o principal prejuízo está quanto à queda do quadro social: “Tivemos uma redução no quadro de sócios de 25% a 30%. Redução de receitas de todas as ordens. Temos que trabalhar para minimizar o máximo a nossa despesa para fazer frente a essa situação”, declarou o presidente Walter Dal Zotto.
Antes da pausa do Gaúchão, a situação da dupla caju era bem diferente. O Caxias focava na conquista do campeonato, enquanto o Juventude, tinha risco de rebaixamento.
Com a suspensão do rebaixamento no Gauchão deste ano, o time jaconero volta às atenções para a Série B do Campeonato Brasileiro. Já o time grená, lamenta a perda de uma boa renda para os cofres do clube.
Esportivo
O Esportivo, de Bento Gonçalves, foi o primeiro clube a anunciar que iria retomar os treinos. No dia 17 de abril, o anúncio causou constrangimento entre órgãos de saúde e a própria FGF. Cinco dias depois, os treinos foram interrompidos novamente. O presidente Laudir Piccoli explicou que a situação ocorreu por conta de um mal entendido. Contudo, agora, apesar do aval para a volta às atividades, o mandatário explica que não há condições.
“Hoje, estamos aptos a retornar aos treinos pelos decretos municipais e estaduais, porém, não voltamos pela questão dos custos, que está assombrando os clubes”, explicou Piccoli à reportagem.
A situação delicada é refletida na folha salarial. Sem nenhuma dispensa, os atletas negociaram a redução salarial que chegou a 70% da folha de pagamento do clube. Outros funcionários do entraram na Medida Provisória 936/2020, do Governo Federal, que possibilitou a suspensão de salários e contratos.
Apesar das reduções, o presidente do Esportivo declara que o cenário apresenta diversas complicações, onde já fez necessário o pedido de empréstimo para conselheiros: “A situação não é fácil. Alguns conselheiros emprestaram dinheiro.”
* Por supervisão de: Marjana Vargas
Voltar Todas de Entrevistas e Reportagens