Abel Braga falou com a Rádio Grenal na manhã desta sexta-feira (17)
Foto: (Ricardo Duarte/S.C.Internacional)Por Andrei Severo * | 17 de dezembro de 2021
Na manhã desta sexta-feira (17), o ex-treinador do Inter, Abel Braga, conversou com exclusividade na Rádio Grenal para falar sobre os 15 anos da conquista do Mundial de Clubes, além do seu novo cargo como treinador no Fluminenese. Abel está em Porto Alegre para receber o título de Cidadão Emérito.
Considerado um dos maiores treinadores da história do Inter, Abel Braga confessou não ter tido ressentimentos na sua última saída no início de 2021 após o final do Campeonato Brasileiro. “Não teve frustração”, comentou. Porém admitiu ter certa mágoa sobre a passagem em 2014: “Isso teve em 2015, não em 2021. Me dei bem com o atual presidente”.
Questionado sobre trabalhos de técnicos estrangeiros, Abel Braga elogiou o comandante do Palmeiras: “Tenho uma admiração enorme pelo meu xará (Abel Ferreira). Ele tá muito bem. Com tudo que se fala, ganha dois anos seguidos a Libertadores. Não é por acaso, tem que ser bom. Independente da maneira de jogar”.
Apesar disso, o ídolo colorado deixou nas entrelinhas uma certa crítica em relação a busca do Inter por técnicos de outros países: “O Inter é o Clube do Povo. Isso vem há anos. O erro é quando você contrata pensando em mudar a maneira de jogar. O Inter é sempre entrega total, sofrimento. E em 15 minutos está exigindo, que tu esteja jogando com a alma. Não se muda isso dando toquinho pro lado”.
E deu continuidade sobre o assunto: “Tudo aquilo de mais importante que o Inter conquistou, foi com treinador brasileiro. Aquilo de mais importante que o Grêmio conquistou, foi com treinador brasileiro. Não existe cultura do vizinho, existe a sua cultura”.
Relembrando a temporada 2020, quando quase venceu o tetracampeonato brasileiro com o Inter, Abel Braga lamentou a perda do título nacional: “O VAR nos tirou. Causa uma frustração até hoje, seria muito legal, mas paciência”.
Empolgado, Abel Braga relatou como está sendo seu início de trabalho no Fluminense: “Vamos ser um time de ataque. Não pode ter o rendimento que teve fora de casa, foi muito ruim. Tem que ter uma maneira, tem que ter o plano B”. E comentou estar interessado em algumas negociações envolvendo jogadores do Inter no qual trabalhou na sua última passagem: “Por enquanto é tudo possibilidade. Gostaria de ter o Moisés e o Moisés, já teve conversas. São jogadores de muita velocidade, de força. Não são jogadores de fazer coisas excepcionais, mas são firmes”.
* Por supervisão de: Marjana Vargas