Por Redação Rádio Grenal | 6 de julho de 2020
Em entrevista exclusiva à Rádio Grenal, o ex-lateral esquerdo do Inter, Erik, de 19 anos, falou sobre sua ida ao Al-Ain, dos Emirados Árabes.
Erik deixa Porto Alegre com apenas dois jogos pelo profissional (as duas ainda sob o comando de Odair Hellmann). No time de Eduardo Coudet, o jovem não chegou a disputar nenhuma partida. Com a chegada de reforços para a posição, a concorrência aumentou pela lateral-esquerda, com nomes como Moisés, Uendel e Natanael.
“Não é uma dúvida só do torcedor, é uma dúvida minha também. Vinha me esforçando, fazendo bons treinos”, disse Erik sobre não ter tido oportunidades com Chacho.
Sobre as escolhas feitas por Coudet, Erik ressaltou que o técnico teve preferência por outros nomes, como o de Léo Borges, que na semana passada subiu para o elenco principal, juntamente com outros garotos da base.
“Coudet nunca falou pessoalmente comigo. Falava com o grupo dizendo que todos receberiam oportunidades. Fiquei triste por isso, porque me desceu de volta para base sem que tivesse oportunidade”, ressaltou.
O jovem também não estava na equipe campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano. “Eu cheguei a pedir para ir para a Copinha para o preparador físico (Cristiano Nunes). Ele disse que não, para esperar porque tinham um projeto para mim. Acabou que não fui para a Copinha, nem tive chances no Gauchão.”
O Inter negociou com o Al-Ain, dos Emirados Árabes, por R$ 4 milhões e manterá 50% dos direitos do atleta. O lateral se diz feliz com o novo futuro e esperançoso com a possibilidade até de disputar uma Copa do Mundo com a camisa da seleção dos Emirados Árabes Unidos: “O projeto que montaram para mim e meu empresário nos agradou. É um projeto de jogar mundialmente. Fazendo meu trabalho, terei oportunidade de jogar pela seleção, jogar Copa do Mundo.”
Erik disse não sentir mágoas pelo Inter ou Eduardo Coudet: “Eu sou um menino do interior que tive oportunidade de conquistar coisas rapidamente. Antes de mágoa, tenho que ter gratidão.”
“Eu queria muito jogar, mas não é por isso que guardo mágoa de Coudet. Era a vontade de Deus”, ressaltou o atleta.
* Por supervisão de: Marjana Vargas