Antigo clube de Ramirez e futebol propositivo: conheça a história do Independiente Del Valle

O Independiente Del Valle é o adversário do Grêmio na Copa Libertadores da América

Foto: Divulgação / Independiente Del Valle

O Grêmio enfrenta sexta-feira (09), o Independiente Del Valle, às 19h15, com transmissão da Rádio Grenal. A partida é válida pelo primeiro jogo da segunda fase pré-classificatória da Copa Libertadores da América. Mas de quem se trata este time equatoriano que nos últimos anos vem tomando destaque nas primeiras páginas esportivas dos jornais da América do Sul?

Fundado em 1958 na cidade de Sangolquí (região metropolitana de Quito), o clube até 2006 tinha como alcunha o nome Independiente José Terán. Foi neste ano, que Michel Deller, dono da franquia KFC, no Equador, proprietário de um dos maiores shopping center do país, além de ser grande investidor no ramo imobiliário, assumiu as contas e colocou o clube que até então estava na terceira divisão do seu campeonato nacional, como uma das maiores potências da América Latina.

Percebe-se desde já que dinheiro não é um empecilho para eles. Há apenas 12 anos na primeira divisão do Equador, sem nunca vencer o campeonato nacional o clube já carimbou seu passaporte internacional em diversos cantos do continente. Muito deste sucesso atingido nas últimas temporadas, passa pelo antigo técnico do clube, Miguel Ángel Ramirez, atualmente no rival tricolor, Inter. Foi com o espanhol que o Independiente Del Valle atingiu sua maior glória na história, quando conquistou a Copa Sul-Americana 2019.

Na ocasião, o título veio de um percurso muito difícil. Ao longo da competição, os equatorianos tiveram que deixar pelo caminho nada mais, nada menos, que Independiente (ARG) e o Corinthians. Entretanto, seus feitos não param por aí. Anteriormente, o clube já havia batido um vice-campeonato de Copa Libertadores, em 2016, quando acabou sendo derrotado na final para o Atlético Nacional. Naquela oportunidade, faltou apenas o título para coroar uma trajetória quase que perfeita, quando derrotou o River Plate nas oitavas de final e o Boca Juniors, vencendo em plena La Bombonera, nas semifinais.

Ainda, não é porque a glória equatoriana foi em 2019, que o Independiente Del Valle não demonstrou mais resultados surpreendentes. Muito pelo contrário, na última Libertadores, o clube, no comando de Ramirez, aplicou uma goleada histórica no poderoso Flamengo, pelo placar de 5 x 0. Contudo, o sonho equatoriano de seguir adiante na competição continental parou nas oitavas de final, quando foi derrotado nos pênaltis para o Nacional (URU).

O sucessor de Miguel Ángel Ramirez no comando do time equatoriano, ficou a cargo de Renato Paiva, português de 51 anos. Com passagens pelo Benfica B, a ideia do Independiente Del Valle ao contratá-lo foi permanecer o alto nível de utilização das categorias de base do clube, além de um poder ofensivo mantendo a posse de bola na maior parte do tempo.

Pouca coisa mudou desde então, o time continua priorizando o jogo retendo a posse de bola e dando oportunidade aos jovens. Entretanto, não é mais em um esquema de 4-3-3, e sim, posto em campo em um 3-5-2. Ademais, Paiva recebeu algumas novas peças, como a contratação do atacante Brian Montenegro, que estava no Olímpia (PAR) e é um dos artilheiros da atual Copa Libertadores, ao lado de Diego Souza, com cinco gols. Outro destaque fica por conta do jovem Pedro Vite, de 19 anos, que tem apenas seis partidas como profissional e já balançou as redes em três momentos diferentes.

Vivendo um momento de altos e baixos na temporada, o clube vem se recuperando de um início desfavorável. Atualmente ocupa a 6ª posição do Campeonato Equatoriano, e não sabe o que é perder nas últimas cinco partidas. Na Libertadores, o clube se classificou para enfrentar o Grêmio, após perder o jogo de ida para o Unión Española por 1 x 0 e aplicar uma goleada no Equador na partida de volta pelo placar de 6 x 2.

 

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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