Depois de 581 dias, o que mudou no Inter desde a última partida com torcida no Beira-Rio

Muitas coisas mudaram no ambiente colorado desde a última partida com público no Beira-Rio, em março de 2020

Foto: Divulgação / Internet

Foram um ano e sete meses, ou 83 semanas, ou 581 dias de espera. Neste domingo (10), diante da Chapecoense, além de um confronto válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2021, marcará também um reencontro. A torcida colorada estará novamente presente no estádio Beira-Rio.

A última vez que os torcedores puderam ver o seu time do coração in loco, foi no dia 8 de março de 2020. Na ocasião, o Inter ainda era liderado por Eduardo Coudet, que completava seu 13º jogo comandando a equipe alvirrubra. Diante do Brasil de Pelotas, o colorado venceu por 2 a 0, com dois gols de Patrick.

Muita coisa mudou no ambiente do clube gaúcho desde aquele março de 2020. A primeira alteração veio na casamata, que após o pedido de demissão de Eduardo Coudet, passaram outros nomes como Abel Braga, Miguel Ángel Ramirez e o atual técnico colorado, Diego Aguirre.

No futebol, foram altos e baixos. O time comandado por Chacho Coudet sucumbiu em seis Grenais, perdendo quatro e empatando outros dois. Porém, até hoje, o argentino é lembrado por parte da torcida, por conta dos bons números e das boas atuações que conseguiu demonstrar.

Foi então que chegou o ídolo Abel Braga, que no início teve dificuldades sendo eliminado na Copa do Brasil e Libertadores de 2020. Logo depois, o clube gaúcho embalou a histórica marca de nove vitórias seguidas, sendo uma delas diante do Grêmio, algo que não ocorria desde 2018. A campanha que poderia ser coroada com o título do Brasileirão, ficou no impedimento de Edenilson, aos 51 minutos do 2º tempo na 38ª rodada, diante do Corinthians.

Para a temporada 2021, o colorado apostou suas fichas em um novo projeto. Sem pré-temporada, Miguel Ángel Ramirez chegou ao Inter para mudar o estilo de jogo do clube gaúcho. Seu futebol baseado no jogo de posição não rendeu o esperado e após ser eliminado na Copa do Brasil para o Vitória, o espanhol deixou o cargo.

Desde então, Diego Aguirre assumiu a casamata do estádio Beira-Rio. O treinador uruguaio encarou uma eliminação precoce na Copa Libertadores para o Olímpia, e até aqui, faz um trabalho mediano de 8º lugar no Campeonato Brasileiro. O ápice no seu comando, foi a goleada de 4 a 0 imposta sobre o Flamengo, no Maracanã.

O perfil de liderança também mudou de rosto no ambiente colorado. A torcida não encontrará o ex-capitão Andrés D’Alessandro, que deixou o clube gaúcho em dezembro após uma histórica passagem de 12 anos. Mas a camisa 10 não ficou sem dono por muito tempo, já que Taison retornou ao seu clube do coração em abril. O meia recupera-se de um quadro gripal e é a grande esperança para domingo.

Porém, as modificações não permaneceram apenas no que tange as quatro linhas. Neste domingo, a torcida reencontrará um clube comandado por uma nova direção. Anteriormente, Marcelo Medeiros administrava o dia-dia do colorado, e hoje, após as eleições no final do ano passado, Alessandro Barcellos é quem detém o cargo de presidente.

Mal se sabia o que estava por vir após aquele Inter x Brasil de Pelotas. Dias depois, com a confirmação de 77 casos de pessoas contaminadas por Covid-19 no Brasil, o futebol seria paralisado e retornaria meses depois com os estádios vazios, sem torcida. Desde lá, foram 47 jogos no Beira-Rio sem a presença do torcedor, com 26 vitórias, 10 empates e 11 derrotas.

Conforme parciais divulgas pelo Inter, a torcida colorada já adquiriu cerca de 70% dos ingressos disponibilizados para a partida. Conforme o decreto do Governo do Estado, os estádios poderão receber 15% da sua capacidade. Ou seja, pelo menos 10.500 torcedores estarão presentes. O dia 10 de outubro de 2021, será histórico para os colorados.

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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