João Patrício Herrmann compara período com a passagem pela segunda divisão
Foto: (Divulgação/S.C.Internacional)Por * | 27 de abril de 2020
Com uma estimativa de perda de receita na casa dos R$ 100 milhões, o momento de paralisação do futebol em virtude da pandemia do coronavírus é vista como o pior momento no âmbito financeiro atravessado pelo Inter. A avaliação é do vice-presidente do clube João Patrício Herrmann.
Em entrevista à Rádio Grenal, nesta segunda-feira, o dirigente afirmou que a crise do atual momento gera impactos maiores do que o clube enfrentou ainda na queda para a segunda divisão em 2017.
“(Na segunda divisão) sabíamos o quanto íamos receber, o quanto iriamos receber. Neste momento, não sabemos quando vai voltar o futebol, como os patrocinadores vão se comportar, qual vai ser a inadimplência do sócio. Essa situação de cenário incerto nos deixa de mãos amarradas. Temos alguns cenários muito preocupantes. Vamos ter que trabalhar com 1/3 da receita. Temos um dilema muito importante que é manter o clube, pensando nos próximos 100 anos. É um momento muito delicado. A situação é realmente complicada”, explicou Herrmann.
Para enfrentar o cenário, o clube anunciou uma série de medidas para a contenção de gastos. A principal delas é pela redução orçamentária em todas as áreas, com meta de 30%. O que gira impactos no departamento de futebol, onde o clube trabalha para uma readequação salarial junto aos jogadores.
“O departamento de futebol está ciente e nos ajudando muito desde o início do ano na redução de gastos. Estão cientes do momento de readequação que estamos passando. Vamos pagar tudo que devemos, vamos cumprir os compromissos. Os atletas também vão dar seu percentual de entendimento da situação. No momento adequado, se achar adequado, vai ser divulgado o percentual. O Inter se reserva ao direito de preservar essa informação até em respeito aos atletas. As situações estão sendo tratadas pontualmente.”
Confira outras declarações do vice-presidente, João Patrício Herrmann:
Possível candidatura nas eleições para a presidência
“Tenho a prerrogativa de um dia ser presidente, mas não é nesse momento que vou discutir isso. Estou numa posição privilegiada de vice-presidente e tenho a prerrogativa de ajudar o clube nesse momento difícil.”
Negociação de atletas
“Nesse momento não temos como mensurar vendas de atletas, de ativos do clube, porque o mercado está parado. O clube projeta uma venda de atletas que eu não sei se vai se confirmar. Infelizmente, o clube ainda vive da venda de atletas.”
Possíveis contratações
“Nesse momento, não posso descarta, ma não enxergo como contratar. Estamos com o elenco fechado. O cenário é preocupante. A própria comissão técnica está visualizando boas opções na base.”
* Por supervisão de: Marjana Vargas