Em momento positivo, Jean Pyerre retorna a titularidade e destaca: ”Treinei, me preparei e a oportunidade chegou”

Meia vestia a camisa 21, mas a pedido do técnico Renato Portaluppi, agora veste a 10

Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Ganhando confiança e sequência, o meia-atacante Jean Pyerre concedeu uma entrevista coletiva na tarde dessa sexta-feira (13) e falou sobre seu momento com a camisa tricolor. Vindo de lesões, problemas familiares e COVID-19, o jogador reconheceu que está tendo uma crescente, e se orgulha de poder corresponder ao que se esperado.

Esse momento de agora é um momento muito importante, vindo da minha lesão, vindo de todos os problemas que eu tive. Acredito que seja uma retomada, que eu posso estar dando a volta por cima, que eu possa continuar trabalhando, que eu posso continuar me dedicando. Ouvindo meus companheiros, ouvindo a comissão. O que importa é ouvir aqueles que querem me ajudar, que querem meu bem, porque isso vai ser bom para mim, para o clube, para o grupo.”, disse.

O jovem que vestia a 21, teve o número da camisa trocado, a pedido do técnico Renato Portaluppi. Agora, o jogador veste a camisa de número 10 e terá uma nova responsabilidade nas costas, representar a equipe com uma numeração de alta importância. Ao ser questionado sobre o pedido de Renato, Jean descreveu: ”Foi um dialógo rápido, ele queria me dar essa responsabilidade para também me mostrar o valor que eu tinha dentro do grupo. Foi uma forma que ele achou para mostrar o meu valor que ele vê dentro do grupo. Fiquei muito contente, sou muito grato. Sempre sonhei em usar a 10 no profissional do clube, na base eu usei muitas vezes então chegar nesse nível que é ser o camisa 10, eu fico muito orgulhoso.”

Ademais do bom momento de Jean Pyerre, o Grêmio também soma bons números. A vitória sobre o Cuiabá, pela Copa do Brasil, foi a sexta seguida na temporada, o jogador reconheceu o grupo como um todo e fez elogios ao momento da equipe. ”É um momento muito importante para a gente, viemos numa crescente. Tivemos retornos de vários jogadores, contamos com o grupo. Todo jogo joga alguém diferente, isso que é o mais importante, poder estar pronto e esperando a oportunidade. Eu treinei, me preparei, a oportunidade chegou. O Isaque também tava jogando muito bem.”

”Me sinto muito feliz, obvio que críticas sempre vão ter, mas precisamos saber o que ouvir. Precisamos ser humilde e saber reconhecer, mas nesses últimos 3 dias eu recebi muitas mensagens, desde o jogo contra o Fluminense venho recebendo muito carinho, muita mensangem positiva. E é bom para o jogador ver que existem pessoas que torcem pela gente, que querem nosso bem.”, acrescentou.

Em relação ao seu posicionamento, que costuma ser na área de criação, o meia salientou que conversa com o técnico Renato sobre a possibilidade de jogar um pouco mais recuado, numa espécie de segundo volante. Mesmo tendo um plantel recheado, o jogador diz saber que consegue colaborar estando em qualquer das posições do meio. ”O Renato sabe que já joguei muitas vezes de volante então se ele precisar de mim, no decorrer do jogo, como um segundo volante ou algo do tipo, eu posso ajudar. Eu também me adaptei a essa função, perto do gol. Eu gosto de jogar um pouco mais solto, jogar mais aonde tá a bola e o Renato procura sempre me aconselhar a estar ali, participar mais do jogo, ir mais atrás da bola.”

Ainda sobre as dificuldades que enfrentou, Jean teve um problema familiar sério envolvendo seu pai. Eduardo Corrêa foi diagnosticado com um quadro grave de Covid-19 no início de agosto. Foi internado, ficou entre a vida e a morte no hospital, mas venceu a luta contra o vírus e agora vê o filho voltar a ser protagonista no time do Grêmio. Ao marcar um dos gols da vitória sobre o Cuiabá, Jean falou sobre a volta por cima que estava dando, também relembrou os momentos em que teve dúvidas se iria retornar ao futebol e de que forma isso iria acontecer.

Infelizmente eu estava tendo umas sequência em que eu ia para o campo e acabava sentindo, diversos momentos me questionei se realmente iria conseguir retornar aos gramados, muitas pessoas me tranquilizaram, falaram que ia ficar tudo bem, e eu ia vencer aquilo.”, disse.

”Chegou um momento em que eu fiquei sem esperança, fiquei desacreditado, porque foi minha primeira lesão. Depois tive o problema com o meu pai, que foi algo que me marcou muito, bem forte para mim. Mas quando teve a questão da negociação com o Palmeiras, tem coisas as vezes que acontecem sobre bastidores que são questões do clube, então eu sempre estive muito tranquilo, sempre foi conversado comigo todas as situações. O presidente sempre deixou claro qual era a vontade dele, por isso me deixou tão tranquilo.”

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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