Por Redação Rádio Grenal | 24 de abril de 2020
Ídolo do Grêmio nos anos 1970, Júlio Titow, o Iúra, foi internado em um hospital de Porto Alegre com suspeita de ter contraído o coronavírus. Hoje, o ex-jogador, concedeu entrevista exclusiva à Rádio Grenal e comentou sobre o duro episódio em que testou positivo para a doença e diz que ainda sente medo, mesmo recuperado da Covid-19. “Foi exatamente na festa do Romildo. Mas isso acontece, a maioria vai pegar. Acho que não estava com organismo muito forte. Medo? Estou com medo até agora. Qualquer tipo de doença traz problemas. Temos que cuidar o todo. Não dá para dizer que foi bom o que aconteceu, mas os hospitais vão se fortalecer”, explicou.
O desenvolvimento do futebol feminino foi uma das novas exigências da Conmebol para que os clubes disputem a Libertadores. O Grêmio decidiu criar um setor assim que a entidade divulgou a exigência. Iúra foi destinado a cuidar desse novo âmbito e até hoje coordena as categorias femininas do tricolor. Devido a paralisação do futebol mundial masculino por conta da pandemia, por óbvio as coisas não são diferentes quando se trata de futebol feminino. “O futebol feminino seguiu os passos do profissional e da base. O Grêmio botou o pessoal de férias. No dia 2 vai haver uma nova definição. As gurias estão sendo orientadas para trabalhar em casa.”
Retorno das competições
Sem previsão oficial por parte das entidades responsáveis pelas competições futebolísticas, a volta das partidas de futebol segue sendo pauta diariamente. Para o ídolo tricolor, a Organização Mundial da Saúde não tem dimensão do que o futebol representa e no que o esporte influencia mundialmente. “Eu lamento porque pessoal como a OMS vem falando em futebol só em 2022. Eles não tem dimensão do que o futebol representa, falaram bobagem. Futebol é o maior patrimônio do mundo”, frisa.
O Grêmio cedeu o estádio utilizado pelo futebol feminino para abrigar moradores de rua em Gravataí. A estrutura montada também disponibiliza banho, lavagem de roupas e duas refeições por dia. No caso de abrigados com sintomas de gripe, a pessoa é direcionada para duas salas especiais. “Se tiver que voltar os treinamentos, vamos isolar uma parte para que eles possam seguir lá”, afirma o diretor do futebol feminino tricolor, caso os jogos voltem a ser disputados em tempos de pandemia.
Mesmo com data indefinida para o retorno, Iúra não hesita em afirmar que o futebol feminino tricolor está pronto para a retomada do campeonato. “Nós estamos preparados para a volta. Todos departamentos estão trabalhando. Nós estávamos em um crescimento, eu prometi ao presidente chegar entre os 8”, finaliza.
* Por supervisão de: Marjana Vargas