Por Redação Rádio Grenal | 14 de agosto de 2020
Na manhã desta sexta-feira (14), o Grêmio oficializou, através de seu site, a saída de Everton Cebolinha. O atacante foi vendido ao Benfica, de Portugal, por 20 milhões de euros (R$ 127,6 milhões, pela cotação atual), e deixou Porto Alegre na última quarta-feira (12), já com o negócio fechado. O jogador deixa o Grêmio após oito anos vestindo a camisa tricolor, e com seis títulos na bagagem.
Em uma nota publicada no site, o tricolor destaca a carreira vitoriosa de Everton desde a sua chegada, até a conquista dos maiores títulos, e o agradece, colocando-o entre os maiores ídolos do Grêmio.
Confira na íntegra a nota:
“O Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense informa que finalizou negociação com Sport Lisboa e Benfica para a venda dos direitos econômicos do atleta Everton Sousa Soares. Cebolinha deixa o Grêmio após oito anos, seis títulos, convocações e título pela Seleção Brasileira e como um dos maiores ídolos de nossa história. Contratado em 2012, depois de se destacar pelo Fortaleza na Copa Carpina Sub-16, Everton foi integrado ao time Sub-17 em 2013. No ano seguinte, já conquistou o Campeonato Gaúcho Sub-20 e recebeu suas primeiras oportunidades como profissional, na reta final do Campeonato Brasileiro. Em 2015, amadureceu e pavimentou o caminho de idolatria que teria início na temporada seguinte.
Veloz e destemido, Everton rapidamente passou de opção aos jogos mais difíceis a um amuleto gremista. Dos seus pés saiu o gol de empate contra o Palmeiras, que classificou o Grêmio às quartas de final da Copa do Brasil de 2016. Na campanha do pentacampeonato, Cebolinha ainda deixou sua marca na histórica vitória por 3 a 1 sobre o Atlético Mineiro, no Mineirão, no primeiro jogo da final. Ali o Tricolor encaminhou o título e tirou o grito de campeão da garganta. No ano seguinte, mais uma vez Everton foi peça-chave em um momento crucial. Opção a Fernandinho durante a temporada, coube ao garoto de Maracanaú decidir um jogo de Mundial. A semifinal contra o Pachuca, em Al Ain, foi dura e o jogo precisou de prorrogação. Logo aos quatro minutos do tempo extra, Everton aprontou das suas. Recebeu pela esquerda, centralizou e bateu forte, sem chance ao goleiro. Gol do Cebolinha e Grêmio finalista.
O início de 2018 foi o começo da titularidade incontestável de Everton. A partir daí, o extrema assumiu o protagonismo da equipe e conquistou, em campo, cada vez mais destaque. Campeão da Recopa Sul-Americana e do Gauchão, Everton recebeu sua primeira convocação para a Seleção Brasileira e conquistou a Bola de Prata do Campeonato Brasileiro. Ao fim da temporada, foi o artilheiro do time, com 19 gols. No caminho à realização do sonho de jogar na Europa, Everton pode dizer que teve em 2019 seu grande ano. Mais uma vez campeão gaúcho e figura central do time semifinalista da Conmebol Libertadores, o craque gremista foi também destaque no título da Copa América, pela seleção: fez gol na final, foi eleito o melhor jogador da partida e recebeu a Chuteira de Ouro, como artilheiro da competição. Vestindo a camisa tricolor, repetiu a artilharia da equipe, com 20 gols marcados.
Na atual temporada, disputou 14 jogos e anotou três gols. A pandemia impediu que a torcida fosse à Arena se despedir do seu ídolo, mas ele fez questão de deixar um último brilho na retina dos gremistas. Fardado com as três cores e o profissionalismo que o acompanharam nas últimas oito temporadas, Everton deu assistência e foi o craque do time na vitória por 2 a 0 sobre o Internacional, no Gre-Nal 426. Recebeu a braçadeira de capitão do zagueiro Pedro Geromel e ergueu a taça do segundo turno do Gauchão.
Oito anos depois, o menino que chegou do Ceará atravessa o Atlântico como um homem multicampeão pronto para buscar novos desafios. Entre 2013 e 2020, passaram-se 277 jogos e 70 gols como profissional. Conquistas da Libertadores, Recopa Sul-Americana, Copa do Brasil, dois campeonatos gaúchos e uma Recopa Gaúcha. Everton deixa no Grêmio outra marca expressiva: com 43 gols, é o maior artilheiro da Arena. E um dos grandes ídolos da história tricolor. Obrigado, Cebolinha! Boa sorte.”
* Por supervisão de: Marjana Vargas