Homenageado, Maicon se despede do Grêmio e garante retornar um dia: ”Sei que no futuro voltarei a estar aqui”

Atleta se mostrou bastante emocionado em sua coletiva de despedida pelo clube

Foto: (Lucas Uebel/Grêmio FBPA)

Por meio de entrevista coletiva, o agora ex-jogador e ídolo gremista, Maicon, se despediu do clube. Bastante emocionado, o atleta recebeu diversas homenagens da diretoria e depois respondeu uma série de perguntas por pouco mais de uma hora. Também estiveram presentes: O presidente Romildo Bolzan Jr, o vice de futebol Marcos Herrmann, o executivo Diego Cerri, o coordenador técnico Marcelo Oliveira, o CEO Carlos Amodeo, além de sua esposa, Lyvia, e suas filha Gabrielly e Livia. 

Antes do início da entrevista, um vídeo com diversas mensagens de torcedores, acompanhado de momentos do camisa 8 em sua passagem pelo Grêmio, foi mostrado. Depois, o presidente Romildo prestou uma singela homenagem ao atleta, com palavras, mas também com uma camisa, representando os 248 jogos dele pelo clube, junto de uma placa:

Me recordo, Maicon, da decisão de traze-lo pra cá. O desejo de ter aqui naquele 2015. E juntamente com outros companheiros, aqui o Marcelo (Oliveira), também o Douglas, tu. Jamais imaginaríamos que aquela geração que estava chegando, fosse uma geração mais do que vitoriosa, mas uma geração emblemática. Que foi capaz de subverter uma cultura que o clube até então tinha, e passou a ser considerado em certo momento o melhor futebol do país.”

Ele ainda complementou na sequência: ”Se o Grêmio jogou o melhor futebol do país, teve um maestro, teve um líder, teve um exemplo técnico e tático. Tinha uma liderança na tua pessoa que conduzia as coisas para frente. Já vi varias pessoas dizendo que tu foste o melhor volante que o Grêmio teve e que vimos jogar. O Grêmio não teria o esplendor técnico nesses anos de gloria, se não fosse contigo.”

Após à fala de Romildo, Maicon foi ao microfone: ”Esse é um momento muito difícil para mim. São quase sete anos que estou aqui em Porto Alegre. Cheguei em um dos momento mais difíceis da minha carreira. Com a confiança que poderia chegar aqui e mostrar tudo que mostrei, para hoje poder estar aqui, não me despedindo, pois sei que no futuro voltarei a estar aqui, de alguma maneira.”

”Mas você chegar em um clube, que estava há muitos anos sem conquistar títulos, com a grandeza do Grêmio. Era uma pressão muito grande. Eu, junto de outros jogadores que chegaram também, vivíamos momentos muito difíceis em nossas carreiras, mas nunca desacreditando que eramos capaz de fazer. Era um desafio para nós mesmos, tudo que a gente passou na vida, devíamos botar para fora nessa oportunidade com o Grêmio. E eu fui muito feliz.”

O atleta não deixou de citar os problemas físicos, que o atormentaram tantas vezes durante sua passagem: ”Tudo que passei aqui, todos os sacrifícios nos treinamentos, nos jogos. Todas as dores e injeções, nós fizemos valer à pena. No jogo contra o Corinthians, eu falei com o Marcelo que estava prestes à completador 250 jogos, mas já havia tomado 450 injeções para conseguir jogar. Mas valeu à pena. Eu faria tudo de novo e não me arrependo de nada.”

Todas as manhãs que eu acordava, durante esses seis/sete anos de clube eram muito prazerosos, e isso não tem preço. Quero agradecer ao presidente, por me dar a oportunidade de vestir esta camisa por tanto. Peço desculpas se passei dos limites, quem me conhece, sabe do meu dia-à-dia nos treinamentos, sabe o meu prazer de brigar com qualquer um, para representar a camisa do Grêmio.”

“A cada dia que se aproximava do término do meu contrato, eu imaginava sair daqui jogando, campeão, com o estádio lotado, todo mundo gritando meu nome. E não está sendo assim. Mas o que me conforta é saber que quando eu voltei do Rio, tinham bastante torcedores para me receber no aeroporto. Eu tinha medo de saber com seria minha saída em dezembro. E eu posso ver que valeu à pena.”

Para se despedir, o volante fez questão de se desculpar com a torcida gremista: ”Peço desculpas por não conseguir ir até o final. Eu venho passando por problemas de lesões, pequenas, mas que me atrapalham muito, não me deixam nada confortável. Quem está comigo no dia-dia sabe o que eu faço para conseguir estar em campo, mesmo que por 5, 10, 15 minutos. E eu saio agora para me cuidar um pouco.”

Com a camisa tricolor, Maicon chegou após uma passagem ruim pelo São Paulo. Se firmou em Porto Alegre, e pouco mais de um anos depois, levantava a taça da Copa do Brasil como capitão do time. Devidamente homenageado, Maicon disputou 248 partidas, marcou 15 gols, e venceu nove títulos.

 

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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