Diego Aguirre está de volta ao Inter após seis anos
Foto: Ricardo Duarte / S. C. InternacionalPor Andrei Severo * | 21 de junho de 2021
Anunciado no último sábado (19) como novo técnico colorado, Diego Aguirre está de volta ao Inter. Este será o seu quarto trabalho no Brasil, e o uruguaio terá a difícil missão de fazer o colorado retornar o caminhos rumo aos grandes títulos. Algo que conseguiu implementar em 2015, entretanto, teve seu comando interrompido precocemente. Mas o que o torcedor pode esperar do estrangeiro?
O uruguaio prioriza, principalmente, a organização sem a bola. Diferentemente de Miguel Ángel Ramirez, os times de Diego Aguirre não optam apenas pela bola. Com uma defesa, em sua grande maioria, sólida, seus jogadores precisam doar 101% em campo para obter os resultados. Intensidade é o princípio básico mais requerido pelo técnico para que, sem a posse de bola, seus jogadores possam ser o mais agressivos possível. Além disso, o preparo físico será um elemento chave neste plano de jogo, tendo em vista que é necessário o elenco aguentar a carga de trabalho pesada, juntamente combinando com o calendário brasileiro.
Em campo, o torcedor colorado pode esperar dos times de Aguirre os jogadores distribuídos em 4-2-3-1, 4-1-4-1 e o 4-4-2 como principais sistemas de jogo. A variação tática de uma formação para outra não exige grandes mudanças no decorrer das partidas. Estas estruturas são utilizadas, principalmente, nas transições defensivas nos times do uruguaio. Sempre com muita agressividade, os jogadores precisam pressionar o portador da bola do time adversário. Aliás, o treinador aposta muito nos contra-ataques em velocidade, e o torcedor colorado pode lembrar bem de momentos marcantes com Eduardo Sasha e Valdívia jogando pelos lados do campo em 2015.
Mas o atual elenco colorado se encaixa no sistema de Diego Aguirre? O comentarista da Rádio Grenal, Nícolas Wagner, fala sobre o assunto:
“Aguirre não é exatamente um técnico propositivo como o presidente Alessandro Barcellos afirmou várias vezes do que o Inter busca como perfil e modelo de jogo. O uruguaio gosta que suas equipes marquem forte, alto, em determinados momentos, principalmente nos minutos iniciais. Mas também joga com as linhas baixas explorando o contra-ataque, muitas vezes.
Dentro disso, da para imaginar que encaixa com as peças que o Inter tem a disposição. Patrick e Edenílson são dois jogadores de muita força física, para marcar e sair rápido em transição. Por este ponto de vista, da para imaginar sim, que encaixa com o perfil do elenco. Mais que com Miguel Ángel Ramirez, pois o colorado não tem a característica de trocas de passes curtos e aproximação em seus jogadores, é um time mais voltado para jogar em transição.”
* Por supervisão de: Marjana Vargas