Ministério Público denuncia pela quarta vez a gestão de 2015/2016 do Inter

Os mandatários colorados foram denunciados pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa

Foto: Vitor Kalsing / Divulgação PMPA

Na manhã desta quinta-feira (11), o Ministério Público do Rio Grande do Sul denunciou mais um crime cometido pela gestão do Inter nos biênios 2015/2016. Apresentadas pelo procurador de justiça, Marcelo Dornelles, e pelo promotor do ministério público, Flávio Duarte, as denúncias envolviam agências de viagens no desvio de dinheiro.

Específicada como “Operação Prorrogação“, as denúncias revelavam a participação de dirigentes colorados em lavagem de dinheiro para o uso pessoal. Esta foi a quarta fase da invetigação desde que começou a ser examinado os atos ilícitos cometidos na antiga gestão do clube. Na época, eram utilizados de artifícios os gastos utilizados para os translados do grupo de jogadores e comissão técnicas em viagens do Campeonato Brasileiro. Mesmo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), arcando os custos em relação às viagens dos clubes, foi-se contratadas empresas de turismo para fazer o traslado do aeroporto ao hotel, e do hotel ao estádio, e assim valores começaram a ser corrompidos.

Conforme a denúncia feita pelo Ministério Público, foram desviado cerca de R$ 340.ooo,oo neste esquema de translados. Estão envolvidas nos crimes duas empresas de viagem do Paraná e uma de Porto Alegre. Em notas fiscais alteradas, o valor era lavado e o dinheiro repassado a dirigentes colorados da época. Com as quantias recebidas, alguns utilizavam-se para fazer viagens de cunho pessoal com mais oito pessoas de suas famílias para hotéis luxuosos do Rio de Janeiro e até do Caribe. O montante também foi utilizado para a compra de um veículo zero quilômetro e ceia de reveillón.

Cada mandatário da época tinha uma função específica na distribuição do esquema. Com isso, além de serem denunciados pelo crime de lavagem de dinheiro, os acusados também foram culpados por organização criminosa. Em prol da Lei do Abuso de Identidade, os nomes dos dirigentes não foram divulgados nesta ocasião, entretanto conforme confirmado pelo Dr. Flávio Duarte, fazem parte os mesmos nomes denúnciados na primeira delação, denominada como “Operação Rebote“.

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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