O que mudou do Grêmio de Renato Portaluppi para o tricolor de Tiago Nunes

Tiago Nunes está prestes a completar um mês de trabalho no Grêmio no dia 21 de maio

Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA

Prestes a completar um mês de trabalho a frente do Grêmio, Tiago Nunes foi contratado para mudar pontos que não estavam mais sendo visíveis de um clube vencedor nos últimos anos. O novo treinador já comandou o tricolor gaúcho em sete partidas até aqui, e se mantém com 100% de aproveitamento nos confrontos.

Mas o que mudou desde a saída de Renato Portaluppi e a chegada de Tiago Nunes? Por que anteriormente o clube havia se encontrado em um momento obsoleto e com a chegada de um novo comandante mudou? É isso que iremos discutir e trazer pontos que explicam um Grêmio mais bem postado em campo desde a vitória diante do Ypiranga.

Em sua primeira semana de trabalho, Tiago Nunes já havia alterado alguns esquemas tradicionais que vimos nos últimos anos com Renato. Algo comum quando se faz a troca de toda uma comissão técnica, foi possível observarmos a presença de planinhas e quadros no campo do CT Presidente Luiz Carvalho. A paternidade de Portaluppi com o grupo de jogadores havia dado lugar para estratégias pré-jogo e um novo conceito.

Porém, taticamente, o que podemos examinar? O esquema de jogo permaneceu, os dois treinadores continuam atuando em um 4-2-3-1, embora Renato utiliza-se invariavelmente o 4-1-4-1. A mudança mais presente que podemos observar é a nova marcação feita pelo time tricolor. Enquanto o antigo treinador usava um esquema de marcação individual, Tiago espalha mais os seus homens na amplitude das quatro linhas, dando mais movimentação em um encaixe zonal.

A perca da posse de bola também é algo que mudou. Com Renato, o Grêmio abaixava suas linhas para se defender de forma mais concisa. Já Tiago Nunes aplica uma pressão no adversário logo quando perde a bola para assim recuperá-la o mais rápido possível. Ferreira, um dos destaque com o novo treinador, em entrevista para o programa “Bem, Amigos” do canal SporTV, elogiou a mudança: “Isso mantém mais a gente no campo de ataque”.

Outro fator importante, e talvez o mais drástico, foi a marcação tricolor na bola aérea defensiva. Um dos pontos mais questionados nas coletivas de Tiago Nunes, o Grêmio passou a ter um composição mesclada na formação, algo que com Renato era adotado de forma individual. O comentarista da Rádio Grenal, Nicolas Wagner, analisou: “Na marcação das bolas paradas, o tricolor passou a marcar misto, e não mais individual. Teve dificuldade nos primeiros jogos, mas é questão de adaptação”.

Mas não é apenas no terço inicial que aconteceram mudanças. No time de Tiago comparado ao de Renato Portaluppi, podemos presenciar a chegada dos volantes na área adversária. Matheus Henrique e Darlan são quem mais tem oportunidades ofensivas, muito por conta de um ajuste nos seus posicionamentos, onde os jogadores acabam atuando um pouco mais a frente que o comum. Nícolas Wagner explicou: “O time também está menos exposto, muito pela figura do Thiago Santos, que cobre bem os espaços deixados”.

É evidente que o aproveitamento invicto de Tiago Nunes junto com o Grêmio, até aqui, uma hora ou outra vai acabar. Contudo, as mudanças obtidas em apenas sete partidas já são vísiveis no estilo de jogo tricolor. Mesmo que o trabalho do novo treinador seja uma manutenção do antigo. Dito pelo próprio técnico em uma entrevista coletiva: “O foco principal é dar continuidade no que já vinha sendo feito anteriormente, com ajustes pontuais. A equipe fez ótimos jogos na temporada passada”.

 

* Por supervisão de: Marjana Vargas

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